Dar um bordado a alguém é um presente que ofereço a mim mesma. Ao procurar o risco, geralmente já tenho em mente o jeito da amiga, seus gostos, seu temperamento. Aí começa um outro aprendizado: fazer com que o trabalho reflita uma característica especial da amiga que será presenteada.
Joana parece um lago profundo. Fala pouco e em voz baixa, mas percebe tudo em volta. E procura colocar em tudo o que vê um pouco do budismo que cultiva. Por isso escolhi fazer para ela uma almofada que representasse um lugar - físico e espiritual. Joana sente-se bem a sós, o que é raro, então pensei num banco de jardim em meio ao silêncio. Mais uma vez encontrei na internet o risco de um jardim visto do alto. Marô adaptou e semeou algumas flores. De onde Joana vier, encontrará um local que estimula a paz de espírito. É o que desejo.
Para saborear, para acalmar, para ungir, para refrescar.